A emocionante fotografia de João Machado
Quem faz fotografia, passa a vida inteira estudando. Além das técnicas de iluminação, dos
equipamentos, é preciso estudar para entender e garantir a capacidade
(sensibilidade) de olhar e ver uma cena que acontece ao seu alcance. Isso vale
tanto para aquela fotografia da paisagem maravilhosa com pôr-do-sol e silhueta como
para o registro da sua fruteira na cozinha. É por isso que muitos fotógrafos se
irritam com as velhas e conhecidas perguntas do tipo “que câmera você usa?” ou “por que
sua foto fica boa e a minha não?”. Muitas pessoas fazem confusão entre
sensibilidade e técnica e, certas vezes, atribuem a capacidade de produção de
uma bela fotografia à câmera ou ao disparo do botão.
É por isso que acho engraçado quando vejo pessoas investindo
pesado em câmeras que custam o valor de um automóvel, mas esquecem que, se
considerarmos apenas a questão técnica, as lentes influenciam muito mais do que
a câmera.
Esse texto todo eu escrevi para destacar o trabalho de João Machado. Só o conheço virtualmente, graças a dois grandes amigos: Ivana Perobelli e Newton Medeiros (outro grande mestre da fotografia) e sou imensamente grata aos dois por terem possibilitado esse contato.
João tem um estilo muito particular de registrar seu olhar. As imagens sempre trazem muitas cores, cores fortes. Eu brinco aqui no escritório dizendo que a fotografia de João Machado é metade Almodóvar, metade Frida Kahlo no quesito cores. Também há belíssimas cenas em preto e branco. O mote principal é sempre o povo brasileiro e suas manifestações culturais e religiosas. Cenas do dia a dia do povo brasileiro também são recorrentes em seus registros. Imagens de gente simples em diferentes comunidades do país.
Eu fico babando nas cenas. Realmente fico emocionada. Selecionei algumas das imagens de João Machado que mais gosto para postar aqui no Blog da Pipa. Espero que gostem!
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