A Torre Eiffel

Há souvenir de Torre Eiffel por toda a cidade. Dica: quanto mais próximos da torre, mais caros.

Vou começar a série de postagens sobre a minha viagem à França pelo destino final: Paris. Pensei em escrever sobre as minhas impressões da cidade, devo lançar algumas delas já nesse texto, mas a abordagem completa da coisa toda eu vou deixar para um post único.

Grosso modo, Paris foi o que menos gostei do que vi na França. Acho que o meu lado cético me ajuda muito (atrapalha também) na hora de avaliar as coisas, já que nunca espero muito luxo de nada com que me envolvo ou no que participo. Gosto de avaliar tudo com os meus dois pés no chão e se você é como eu, vai perceber que pisar em solo parisiense não vai fazer chover estrelinhas de glamour e nem fazer tocar, de plano de fundo, a canção Douce France. É mais fácil você lembrar de Edith Piaf em Non, je ne regrette rien.

Deixando as críticas à cidade para outra postagem, vou focar no que mais gostei de ver na capital francesa: a Torre Eiffel. Parece cliché dizer isso, mas a torre é, em minha humilde opinião, o lugar/obra/experiência mais legal de Paris. Há outras, mas a torre é a mais legal!

A torre é linda. O ferro do qual é feita tem um tom ocre que varia de acordo com a incidência da luz. Tive a oportunidade de vê-la sob sol e céu azul e também em um momento de céu nublado com fundo inteiramente cinza. Ela contrasta com o background em qualquer situação. Por vezes ela é negra, por vezes um pouco bronze e em outros momentos chega a ser levemente prateada, vai depender do seu posicionamento em relação a luz e também do clima do dia. Só isso já me encantou.

Aquele momento em que você agradece por sua câmera possuir visor com giro 360º

Aí você pensa: o que tem demais em uma torre de ferro entrelaçado? Eu respondo: muita coisa. A Torre Eiffel é rica em detalhes, arcos, arabescos e formas geométricas que fazem você passar horas admirando e pensando em como se deu o projeto de construção de obra tão grandiosa. Eu lembrei logo de vários assuntos, por exemplo, a Lei dos Terços e a Proporção Áurea (alô, Raquel Matsushita!). Abro aqui um parentesis para dizer que tive a excelente oportunidade de ver os desenhos, rascunhos e maquetes da torre que estão expostos no Musée de Strasbourg. Não é permitido fotografar essa área do museu, mas garanto para vocês que a experiência de ver o projeto e ler os apontamentos dos engenheiros e arquitetos da época é muito gratificante, mesmo fazendo você parecer um profissional que precisa trabalhar muito para chegar perto do nível deles. Fecho meu parentesis.

Gustave Eiffel ao pé da torre.

A história da torre também é fascinante. Em resumo, é uma obra que foi construída em comemoração ao centenário da Revolução Francesa. Houve um concurso de design arquitetônico do qual participaram mais de cem projetos. O escolhido? A torre de estrutura metálica proposta pelo engenheiro Gustave Eiffel (foto acima). Era período de Revolução Industrial e a torre, com seus mais de 300 metros de altura e 7 mil toneladas de ferro, era um excelente ícone de representação de poder, o poder da França. Gustave Eiffel também é responsável pela estrutura metálica da Estátua da Liberdade. Estados Unidos e França tinham um relacionamento mais "afinado" naquela época.

A torre seria demolida após a comemoração. Quando você a vê de perto fica imaginando o tamanho do absurdo que seria destruir uma obra tão grande, sem falar na contribuição artística e histórica que seria destruída junto com ela. Seria, no mínimo, um dos maiores desperdícios da história. O que a salvou foi o fato de funcionar também como antena de transmissão de rádio. É aquela coisa, uma antena de rádio serve muito mais a uma guerra do que a beleza de uma obra arquitetônica.

Porque um bom projeto precisa de assinatura.

Com esse tamanhão todo, não restam dúvidas que dá pra ver a torre de vários lugares da cidade. A vista de Montmartre, bairro cult de Paris, próxima a Basílica de Sacré Cœur é uma das mais lindas. Passeando pelo centro você também poderá vê-la entre as ruas em cenas também muito fascinantes.

A subida é paga. Há elevadores nos quatro “pés” da Torre Eiffel. Paguei 7 euros para ir até o segundo estágio, esse que marco na foto a seguir. Você pode ficar por lá o tempo que desejar. (fica minha crítica à Prefeitura de Olinda, que só permite que você passe 15 minutos no mirante da caixa d'água, na Sé).

Não vi ninguém descer no primeiro estágio, mas creio que seja possível. A subida é um tanto quanto incômoda para quem tem vertigem, assim como eu. Mas, encaro a vertigem para ter uma experiência legal. Só não encararia se fosse algo que pouco me acrescentaria como um parque de diversões. Para subir até o topo o custo é de 14 euros e mais o seu coração, que pode sair pela boca. Essa eu não encaro nem pela experiência.

Torre vista a partir do plano elevado do Trocadéro

Do segundo andar você tem uma visão absurdamente linda de toda a Grande Paris. O Rio Sena, os palácios, a Basílica de Sacré Cœur, toda Paris, em 360º, a perder de vista. É lindo! Nesse estágio ainda há uma escadinha para um mezanino onde você pode estar ainda mais alto. Mesmo não curtindo muito a cidade, a vista é demais. Aliás, o que não gostei na cidade não diz respeito à aparência, são outras questões.

Passei algumas horas no Trocadéro e no Champ de Mars, onde fica a torre. Horas de admiração e cliques. Para chegar à Torre Eiffel de metrô é necessário escolher alguma linha que leve até a estação Trocadéro. Tem várias linhas, trens a cada dois minutos e mapa gratuito em cada estação. O metrô não é lá essas coisas, mas, sem dúvidas, é a melhor opção para se locomover em Paris. A não ser que você tenha tempo e disposição para encarar as vélos (bikes). Comprei cadernos de dez passagens, cada caderno custando em média 30 euros (trinta euros e dez centavos para ser mais exata).

Foi um passeio lindo que salvou meu último dia em Paris. Fiquei querendo voltar para ver a torre à noite. Mas, isso vai ficar para uma próxima visita, se o destino assim quiser. Seguem mais alguns cliques:

Vista a partir da Basílica do Sacré Cœur

Vista a partir das ruas do centro

 Os reflexos no vidro do ônibus revelam um pouquinho mais da cidade

Em contraluz: o maravilhoso arco e seus detalhes de tirar o fôlego 

Do segundo estágio até o topo

Lunetas para ver melhor a cidade. 1 ou 2 euros, vai depender do tempo que desejar observar

A região business de Paris. São os prédios mais altos e modernos de toda a cidade.

Vista do segundo andar da Torre Eiffel

Vista do segundo andar da Torre Eiffel

La Boutique Officielle

 Do Trocadéro

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